Viajar torna as pessoas melhores e mais criativas
Percorre, gira, passeia, atravessa. Estas palavras sinônimas de viajar dizem claramente que viajar é nada mais – nada menos – que romper com o habitual para apreciar o sentimento de bem-estar.
O ato de transportar-se de um ponto a outro distante, explorar e descobrir um lugar novo, não apenas surpreende-nos, mas proporciona também uma nova perspectiva, uma espécie de renovação na alma. E como faz bem!
De acordo com a ciência, uma viagem tem efeito positivo na saúde. Além de ser uma boa maneira de relaxar – ajuda a melhorar a nossa flexibilidade cognitiva. Quando estamos em outra cidade ou em outro país, abrimos a mente e ficamos mais criativos.
“Viagens são um importante motor para a flexibilidade cognitiva e para o aprofundamento e a integralização do pensamento”, aponta Adam Galinsky, professor da Columbia Business School, no Reino Unido. Entende-se como flexibilidade cognitiva a capacidade de transitar entre ideias diferentes, sendo esse o principal estimulador da criatividade.
Ocorrência de sinapses
Um simples envolvimento com outro contexto cultural e espacial nos proporciona a imergir e nos adaptar a novas realidades.
Ao visualizarmos paisagens novas, sentimos cheiros com os quais não tivemos contato e aprendemos linguagens incomuns em nosso cotidiano. O resultado disso é a ocorrência de sinapses (junções entre a terminação de um neurônio e a membrana de outro neurônio) com as quais o nosso cérebro não estava acostumado. Toda esta flexibilidade faz com que a criatividade se desenvolva mais facilmente.
As viagens são um estímulo e tanto. Contribuem para impulsionar a nossa capacidade de criar coisas novas, de ter ideias nunca antes pensadas e até mesmo de resolver problemas de formas diferentes.
Viagens – autoconhecimento
Viagem também é sinônimo de aprendizado. Ao viajar aprende-se coisas novas, observa-se mais e tem-se a oportunidade de mudar as perspectivas. Viajar é renovação, novidade de vida!
É conhecer o mundo para se conhecer. Ver fora para entender o que está dentro. Sair da zona de conforto. As viagens são poderosas ferramentas de autoconhecimento.
O simples fato de sair da rotina é um convite para oportunizar a si mesmo o aflorar de novas ideias, pensamentos até adormecidos devido a repetição e ao hábito.
Sem dúvida o ato de descontextualizar proporciona ao mundo subjetivo uma espécie de ativação, como se estivesse a tocar num botão e de repente faz com que apareçam novos objetivos que vão exigir distintas habilidades e enfoques do que normalmente usa.
Imprevisível!
As viagens levam-nos a territórios novos, novas experiências, o imprevisível. Inicialmente pode até gerar um certo nervosismo, incerteza, porém muito mais – um toque de emoção e sentimento de aventura.
Para os viajantes experientes é uma espécie de adrenalina, mas os que pouco viajam entendem bem que essa adrenalina lhes trazem a memória emoções que os fazem rememorar momentos das suas vidas. Emoções que lhes lembram da felicidade de estarem vivos.
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“Viajar é mais do que a visão de pontos turísticos, é a mudança que acontece, profunda e permanentemente, no conceito sobre o que é a vida.”
– Miriam Beard
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Viajar nos faz sair da zona de conforto e nos permite ampliar os horizontes do mundo a nossa volta e a vida se torna mais leve, interessante, prazerosa…
É uma das melhores maneiras de expandir horizontes sobre a nossa forma de viver. Viajando, mesmo sem perceber, aprendemos muito sobre cultura, história, sociedade, valores, política, economia. Enfim, sobre muitas coisas.
Interessante é que sem se dar conta estimulamos nossas capacidades intelectuais e nos tornamos mais criativos. Desenvolvemos e muito nossas habilidades sociais e emocionais.
Você sabia que quando você planeja uma viagem e quando a realiza e lembra-se do que viveu naquela viagem você está exercitando o seu cérebro? Se não sabia agora fica sabendo que estas etapas exigem concentração e também criatividade. Este passo a passo proporciona fazer escolhas. É necessário fazer tal escolha tendo consciência do que você gosta, do que está procurando e do que cada destino pode lhe oferecer.
Viajar: fonte de criatividade
Querendo ou não a criatividade entra em cena – quando fazemos uma viagem. Temos a oportunidade de ampliar a nossa visão ao ver locais – pouco habituais. Nos movemos de um lugar para o outro, olhamos mais, pensamos mais, temos mais ideias, realizamos múltiplas adaptações, seja aos usos e costumes, comida, forma de deslocamento, rotina (até o simples ato de acordar). Teremos que adaptar-nos os horários de acordo com as visitações, etc.
E se a viagem é para um local muito longe, o desafio aumenta, pois teremos que nos adaptar a outras formas de interação social e a um idioma diferente.
E quando o assunto é rememorar os momentos vividos na viagem. Cabe a cada um de nós escolher uma forma de organizar e dar significado as recordações.
De acordo com as experiências e aspectos mais relevantes recriamos, associamos, analisamos e interpretamos as memórias vividas. Se observarmos em conjunto todos estes processos – equivalem a atividades intelectuais complexas.
Viajar te deixa melhor
Muitas das nossas capacidades intelectuais e criativas são utilizadas ao viajar. Por isto e muito mais, após realizar uma viagem – nunca mais somos os mesmos. A experiência é extremamente intensa e estimulante, e precisamente por isso pode ser muito prazerosa.
Viajar também é uma oportunidade de melhorar como ser humano. As experiências vividas são enriquecedoras. Reza a lenda de que “O fascismo é superado lendo e a intolerância viajando”.
Uma viagem muitas vezes é libertadora. Liberta de muitos preconceitos, especialmente ao visitar um lugar que precisa submergir-se em uma cultura diferente da cultura de origem, ou com a qual pode haver um grande contraste de realidade.
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“Viajar é um exercício com consequências definitivas para os preconceitos, a intolerância e a mente pequena.”
– Mark Twain
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Compreendendo que a diferença não deve ser vista de forma vertical, e sim horizontal. Na ótica do respeito as diferenças: nenhuma cultura é mais ou menos, são simplesmente diferentes.
Viajar também é um grande antídoto contra a tristeza. De uma forma ou de outra faz pensar e ver tudo de forma diferente. É um banho de renovação – permite refrescar a perspectiva da realidade e de si mesmo. Também já foi comprovado pela ciência que pessoas que tiram férias pelo menos duas vezes no ano tem menos riscos de sofrer de depressão.
Uma viagem também ajuda a colocar em contato consigo mesmo e com pensamentos mais genuínos. Liberta o viajante do seu ambiente habitual. As influências do contexto na qual está inserido na viagem contribuem que as ideias e emoções que costuma manter em segundo plano apareçam livremente. Livre, tem a possibilidade de contemplar a si mesmo. Livre de todos os pretextos cotidianos e de todos os fatores que, talvez, o obrigam a inibir-se.
Viajar sempre…
Existe um enorme diferencial em olhar a vida através das lentes do estresse cotidiano e durante os momentos vividos numa viagem. Por isto e muito mais podemos afirmar que viajar torna as pessoas melhores. Se bem que tem um detalhe, se assim for o desejo mais profundo: “ser uma pessoa melhor”.
Viajar renova-nos e enche-nos de vigor. A vida enche-se de mais cor e entusiasmo. Viajar sempre irá levar-nos a algum lugar.
Entretanto preste bem atenção para um detalhe muito importante. Você pode viajar o mundo todo, mas só vai achar paz no seu interior. É que os problemas vão junto a mala, se você os levar consigo.
Às vezes precisamos viajar…
Viajar sim, mas de outra forma. Não no sentido de conhecer outros lugares. Óbvio que isso também é bom, mas refiro-me ao nosso território interno, uma jornada para dentro de si mesmo.
Sim é preciso mergulhar, descobrir cada lugar, o recôndito mais profundo. Não devemos nos perder de vista, nossos olhos têm sempre que nos acompanhar, ver onde estamos e o que fazemos.
Aprendermos todos os dias a cultivar um mundo interior calmo, positivo, amoroso, paciente, humilde e sempre pronto para qualquer rumo de viagem, numa jornada longa e feliz.
Antes de fazer qualquer que seja a viagem lembre-se também: “A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos.” (Marcel Proust).
Essa é a primeira viagem a se fazer, pois desta forma as demais serão ainda mais bem aproveitadas.
Criative-se!
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